Comportamento da dispersão do intervalo QT em pacientes coronarianos e não coronarianos submetidos a teste ergométrico

dc.contributor.advisor1Mill, Jose Geraldo
dc.contributor.authorBarcelos, Alexandre Maulaz
dc.contributor.referee1Vassallo, Dalton Valentim
dc.contributor.referee2Rodrigues, Sergio Lamego
dc.date.accessioned2018-08-01T22:58:44Z
dc.date.available2018-08-01
dc.date.available2018-08-01T22:58:44Z
dc.date.issued2013-02-04
dc.description.abstractTreadmill test is one of the most common methods used for detection of coronary artery disease. However, its accuracy for significant coronary stenosis detection is quite limited, and the rate of false positive is high. The QT interval dispersion of the 12-lead measured on electrocardiogram is an index of heterogeneity of ventricular repolarization, and their relationship to malignant ventricular arrhythmias has been reported in several studies in the literature. Additionally, other authors have associated the transient myocardial ischemia during a treadmill test for coronary patients with increasing heterogeneity of ventricular repolarization, which can be quantified by increased QT dispersion. Although several studies have correlated the QT interval dispersion with ventricular repolarization heterogeneity, many criticisms in the literature have questioned the concept of QT dispersion. Even in the face of criticism, the latest Brazilian Guidelines for Effort Testing cites as promising the QT interval measure to diagnosis of obstructive coronary artery disease, and highlights that more studies that support its use are needed in the literature. Therefore, our study aims to investigate this question. Thus, we retrospectively analyzed the electrocardiographic tracing of rest and effort of 63 patients submitted to stress testing and cardiac catheterization. Patients were divided into three groups: true negative (TN), true positive (TP) and false positive (FP), where true positives were patients with coronary stenosis of at least 70%, and ST-segment depression or chest pain typical during exertion. True negatives were subjects with coronary stenosis lower than 70%, without ST segment depression or typical chest pain on exertion. False positive was composed of individuals with stenosis less than 70% in the coronary arteries, and presence of ST segment depression or typical chest pain during exertion. The QTc interval dispersion at rest was not different between the three groups. 67 ± 40 ms, 55 ± 26 ms and 49 ± 21ms respectively for the groups TN, TP and FP (p = 0.163). QTc dispersion of effort was significantly different between the groups (47 ± 17 ms TN, 72 ± 42 ms TP, and 61 ± 31ms FP, P = 0.003). Dispersion variation (delta, D) of QTc (QTc dispersion of the first minutes of the recovery minus QTc dispersion of rest) was also statistically different between the groups (-20 ± 45 ms TN, 17 ± 40 ms TP and 11 ± 30 ms FP, p = 0.013). A line graph was sketched for each one of the three groups. In the TP group, 19 patients showed a QTc dispersion increasing from rest to effort, while 7 patients showed a QTc dispersion decreasing. On the TN group, 9 patients showed a reduced QTc dispersion, and 5 patients showed a increasing of QTc dispersion. In the FP group, 14 patients showed an increased QTc dispersion, while 9 showed a decreasing of QTc dispersion. We conclude that patients with chronic coronary artery disease have an increased QTc dispersion during physical effort, and that this method can aid in the diagnosis of coronary chronic diseaseeng
dc.description.resumoO teste ergométrico é um dos mais comuns métodos usados para detecção de doença arterial coronária. Entretanto, sua acurácia para o diagnóstico de estenose coronária significativa, é bastante limitada, sendo a taxa de exames falso-positivos elevada. A dispersão do intervalo QT medida no eletrocardiograma de 12 derivações é um índice de heterogeneidade de repolarização ventricular, e sua relação com arritmias ventriculares malignas foi feita em vários artigos na literatura. Adicionalmente, outros autores tem relacionado isquemia miocárdica transitória - durante o estresse de uma prova de esforço físico em pacientes coronarianos - com o aumento da heterogeneidade da repolarização ventricular, sendo que esta pode ser quantificada pelo aumento da dispersão do intervalo QT (dQT). Se de um lado encontramos vários trabalhos científicos que correlacionam a dQT com heterogeneidade de repolarização ventricular, sobram na literatura críticas ao conceito de dQT. Mesmo diante de críticas, a última Diretriz Brasileira de Teste de Esforço cita como promissora a medida da dQT para diagnóstico de coronariopatia obstrutiva, e vai mais longe, deixando claro que faltam mais trabalhos na literatura que pudessem respaldar seu uso. Nosso trabalho visa justamente ajudar a preencher esta lacuna. Dessa forma, analisamos retrospectivamente o traçado eletrocardiográfico de repouso e esforço de 63 pacientes submetidos a teste de esforço e cateterismo cardíaco. Dividimos os pacientes em três grupos: verdadeiro negativo (VN), verdadeiro positivo (VP) e falso positivo (FP), sendo que os verdadeiros positivos eram os pacientes com estenose de coronária de ao menos 70% e infradesnível do segmento ST ou dor precordial típica durante o esforço; os verdadeiros negativos eram pessoas com lesão coronariana menor que 70% e teste ergométrico sem infra de ST ou dor precordial típica no esforço; e o falso positivo era composto por indivíduos com estenose menor que 70% em coronárias, e presença de infradesnível ou dor típica durante o esforço. A dispersão do intervalo QTc de repouso não foi diferente entre os três grupos. Respectivamente, 67±40 ms, 55±26 ms, e 49±21 ms, para os grupos VN, VP e FP (p=0,163). Já para a dispersão do intervalo QTc de esforço, encontramos, respectivamente, 47±17 ms, 72±42 ms, e 61±31ms para VN, VP e FP (p=0,003). Fizemos, também, a medida de um valor delta da dispersão do intervalo QTc (dispersão do intervalo QTc do primeiro minuto da recuperação menos a dispersão do intervalo QTc do repouso), e obtivemos, respectivamente, −20±45 ms, 17±40 ms, e 11±30 ms para VN, VP e FP (p=0,013). Fizemos, também, um gráfico de linhas para cada um dos três grupos estudados. Observamos que no grupo VP, 19 pacientes aumentaram a dispersão do intervalo QTc do repouso para o esforço, enquanto 7 pacientes mostraram redução. No grupo VN, 9 pacientes mostraram redução da dQTc, e 5 pacientes apresentaram aumento. No grupo FP, 14 pacientes apresentaram aumento da dQTc, enquanto 9 apresentaram redução. Concluímos que os pacientes portadores de coronariopatia crônica têm um comportamento de aumento de dQTc frente ao esforço físico, e que este método pode ser auxiliar no diagnóstico de coronariopatia crônica.
dc.formatText
dc.identifier.urihttps://dspace5.ufes.br/handle/10/7980
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal do Espírito Santo
dc.publisher.countryBR
dc.publisher.courseMestrado em Ciências Fisiológicas
dc.publisher.departmentCentro de Ciências da Saúde
dc.publisher.initialsUFES
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas
dc.rightsopen access
dc.subjectDoença coronariana crônicapor
dc.subjectTeste ergométricopor
dc.subjectIntervalo QTpor
dc.subjectDispersão do intervalo QTpor
dc.subject.cnpqFisiologia
dc.subject.udc612
dc.titleComportamento da dispersão do intervalo QT em pacientes coronarianos e não coronarianos submetidos a teste ergométrico
dc.typemasterThesis

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