Fragilidade potencial e emergente do relevo de Vitória–ES: subsidios para gestão de riscos e desastres em ambiente urbano
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Resumo
Foi presenciado em todo o mundo, nas últimas décadas, um aumento populacional significativo associado a uma aglomeração nos centros urbanos, o que ocasionou, em países como o Brasil, um crescimento acelerado das cidades, que em grande parte dos casos não ocorreu de forma ordenada, por meio de planejamentos urbanos eficientes. Essa problemática permitiu o avanço das manchas urbanas pelo país sobre locais suscetíveis à ocorrência de desastres naturais, como encostas e margens de rios, intensificando a demanda por estudos de análises e identificação destas localidades. Com o objetivo de contribuir para os estudos de Áreas de Risco e Suscetibilidade à deflagração de desastres relacionados a movimentos de massa na cidade de Vitória, capital do estado do Espírito Santo, foram elaborados, por meio de ferramentas e técnicas do Sistema de Informação Geográfica (SIG) e Sensoriamento Remoto, mapeamentos das zonas de Fragilidade Potencial e Emergente do município, seguindo a metodologia proposta por Ross (1994; 1997), destacando as localidades que apresentam maior fragilidade devido a características naturais de seu Estrato Geográfico (Fragilidade Potencial) e aquelas que se apresentam frágeis após as intervenções humanas na paisagem (Fragilidade Emergente). Para atingir a validação dos resultados obtidos, são somados ao debate dados de ocorrência de eventos destrutivos recentes atendidos pela Defesa Civil no município em estudo, bem como foram realizadas comparações e análises pautados em produtos obtidos por meio de estudos do Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR). Pode-se concluir que os estudos resultantes desta pesquisa obtiveram êxito em seus objetivos e razões de ser, sendo amplamente capazes de demonstrar as áreas e localidades mais frágeis do relevo da área em análise. Por meio de produções desta natureza, os agentes do poder público e as comunidades envolvidas são municiados de novas ferramentas e técnicas para mitigar os possíveis danos materiais e humanos decorrentes da culminância de eventos destrutivos de origens diversas, contribuindo para um melhor planejamento dos territórios.
