Dissidências de gênero e sexualidade nos currículos da formação em psicologia: dos percursos marginais às linhas transversas

dc.contributor.advisor1Barros, Maria Elizabeth Barros de
dc.contributor.advisor1IDhttps://orcid.org/0000-0003-1123-4374
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/1908967025244386
dc.contributor.authorRoseiro, Maria Carolina Fonseca Barbosa
dc.contributor.referee1Rodrigues, Alexsandro
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.br/7985936674676993
dc.contributor.referee2Duarte, Marco Jose de Oliveira
dc.contributor.referee3Bicalho, Pedro Paulo Gastalho de
dc.contributor.referee4Ferraço, Carlos Eduardo
dc.contributor.referee4Latteshttp://lattes.cnpq.br/4231564319302829
dc.date.accessioned2024-05-30T01:41:40Z
dc.date.available2024-05-30T01:41:40Z
dc.date.issued2022-09-19
dc.description.abstractIn this research, we seek to accompany anti-disciplinary movements (Certeau) in psychology academic education, through cartographic interviews, proposed as a conversation with the people participating in the research, about the interference of gender and sexuality activism in hegemonic curricular practices, such as dissent from the paradigm of normality that underlies the disciplinarization of this field of knowledge-power. Seeking contradispositive transversalities of these normalizing and disciplinary regimes of truth of psi knowledge, the intention was to transcreate narratives composed between conversations, as an update of memories of formative daily life, in oral history. Accompanying a critical perspective to disciplinary practices in the production of knowledge, according to Foucault and Certeau, we consider alliances, ruptures and referential intercessors between activism and experiences of genders and sexualities in the formative processes in undergraduate psychology courses, seeking to compose conversations that acted as movements anti-disciplinary in the field. The methodological proposal was guided by cartographic attention and as a research with everyday life, combined with oral history, through online communication technologies, due to the health emergency condition of the Covid-19 pandemic, in view of social distancing and the context of remote classes and activities during the period in which the fieldwork was carried out. In the search for a cartography of everyday life, the conversations acted as an update of memories, which are composed in the lived experience narrated, between teaching practices, curricular propositions and training processes triggered by the interference of feminist and LGBTI+ activism in the educational policies of undergraduate psychology courses. We situate this field of research in psychology undergraduate narratives at the Federal University of Espírito Santo (UFES), between the years 2000 and 2020, conducting interviews that, in composition with the narrative voice of the research authorship, turned out to be seven personas narrators, through transcreation. It is concluded that the paradigms of neutrality and normality in the production of knowledge and training in psychology are tensioned with ways of occupying the space-times of the university that expand with the presence of dissident bodies of hegemonics gender, sexuality and raciality, expanded in this period not only by the policies of quotas and access to federal public graduation, but also by the expansion of transversalities and training devices in the daily life of the curriculum practiced and lived. Bodies in alliance, as we efer to Butler, to affirm, in the formative processes, recognition policies and discursive movements that are in permanent struggle against the precarious condition of marginal paths to curricular and subjective normality, as well as in expansion of the modes of subjectivation that are articulated in transverse lines of practices of resistance for the right to appear in space-times and in training discourses, no longer as objects and course deviations, but as lived embodiment that produces their training and forms of solidarity that challenge the boundaries of precariousness as fields of deprivation of recognition and production of knowledge.
dc.description.resumoNeste trabalho buscamos acompanhar movimentos antidisciplinares (Certeau) na formação em psicologia, por meio de entrevistas cartográficas, propostas como conversação com as pessoas participantes da pesquisa, a partir das interferências dos ativismos de gênero e sexualidade nas práticas curriculares hegemônicas, como dissidências ao paradigma da normalidade que fundamenta a disciplinarização deste campo de saber-poder. Buscando transversalidades contradispositivas destes regimes de verdade normalizadores e disciplinares dos saberes psi, intencionou-se a transcriação em narrativas compostas entre-conversações, como atualização de memórias dos cotidianos formativos, em história oral. Acompanhando uma perspectiva crítica às práticas disciplinares na produção de conhecimento, de acordo com Foucault e Certeau, consideramos alianças, rupturas e intercessores referenciais entre ativismos e vivências dos gêneros e sexualidades nos processos formativos na graduação em psicologia, buscando compor conversações que se agenciaram como movimentos antidisciplinares no campo. A proposta metodológica se orientou por uma atenção cartográfica e como pesquisa com os cotidianos, aliada à história oral, por meio de tecnologias online de comunicação, tendo em vista o distanciamento social e o contexto de aulas e atividades remotas no período da realização do campo de pesquisa, pela condição de emergência sanitária da pandemia da Covid-19. Na busca por uma cartografia de cotidianos, as conversações agenciaram-se como atualização de memórias, que se compõem na experiência vivida narrada, entre práticas docentes, proposições curriculares e processos formativos disparados pelas interferências de ativismos feministas e LGBTI+ nas políticas educacionais da graduação em psicologia. Situamos este campo de pesquisa em narrativas da graduação em psicologia na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), entre os anos 2000 e 2020, sendo realizadas entrevistas que, em composição com a voz narrativa da autoria de pesquisa, contornaram-se como sete personas narradoras, por meio da transcriação. Conclui-se que os paradigmas de neutralidade e de normalidade na produção de conhecimento e na formação em psicologia são tensionados com modos de ocupação dos espaços-tempos da universidade que se expandem com a presença dos corpos dissidentes do gênero, da sexualidade e da racialidade hegemônicas, ampliada nesse período não somente pelas políticas de cotas e de acesso à graduação pública federal, mas também pela ampliação das transversalidades e dispositivos formativos no cotidiano do currículo praticado e vivido. Corpos em aliança, como nos referenciamos com Butler, para afirmar, nos processos formativos, políticas de reconhecimento e movimentos discursivos que estão em permanente luta contra a condição precária dos percursos marginais à normalidade curricular e subjetiva, assim como em expansão dos modos de subjetivação que articulam-se em linhas transversas de práticas de resistência pelo direito de aparecer nos espaços-tempos e nos discursos da formação, não mais como objetos e desvios de curso, mas como corporificação vivida que produz sua formação e formas de solidariedade que contestam as fronteiras da precariedade como campos de privação de reconhecimento e de produção de conhecimento.
dc.description.sponsorshipFundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
dc.formatText
dc.identifier.urihttps://dspace5.ufes.br/handle/10/16858
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal do Espírito Santo
dc.publisher.countryBR
dc.publisher.courseDoutorado em Educação
dc.publisher.departmentCentro de Educação
dc.publisher.initialsUFES
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Educação
dc.rightsopen access
dc.subjectEstudos de gênero e sexualidades
dc.subjectSubjetividade
dc.subjectCotidianos e história oral
dc.subject.br-rjbnsubject.br-rjbn
dc.subject.cnpqEducação
dc.titleDissidências de gênero e sexualidade nos currículos da formação em psicologia: dos percursos marginais às linhas transversas
dc.typedoctoralThesis

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