O papel do professor na inclusão da pessoa com deficiência: uma análise crítica dos discursos normativo-educacionais no contexto brasileiro (1988–2022)

dc.contributor.advisor1Machado, Igor Suzano
dc.contributor.advisor1IDhttps://orcid.org/0000-0003-4843-9664
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/3882899105315228
dc.contributor.authorCosta, Isabela Rodrigues
dc.contributor.authorIDhttps://orcid.org/0009-0008-1043-7595
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/3262939058860108
dc.contributor.referee1Martins, Maro Lara
dc.contributor.referee1IDhttps://orcid.org/0000-0001-5898-6632
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.br/6769360859491465
dc.contributor.referee2Lourenço, Joyce Louback
dc.contributor.referee2IDhttps://orcid.org/0000-0001-6891-4085
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/5031782796726405
dc.date.accessioned2025-08-28T19:32:43Z
dc.date.available2025-08-28T19:32:43Z
dc.date.issued2025-07-21
dc.description.abstractInclusion, conceived as a promise of social justice, has been mobilized by distinct discourses and practices, articulated with knowledge-power regimes that delimit, standardize, and produce specific modes of existence, demonstrating that the mechanisms that define who is "included" are not based solely on ethical or pedagogical ideals. This dissertation aims to analyze how, between 1988 and 2022, Brazilian normative discourses shaped the role of teachers in the process of inclusion of people with disabilities, investigating the underlying rationalities and the truth effects that sustain them. Discursive analyses confirmed that such discourses not only reflect but also reproduce historically constituted power relations. Even anchored in a rhetoric of emancipation and equity, they operate through logics of subjection that consolidate the school as a biopolitical device, positioning the teacher as the operator of this mechanism. This governmentality permeates teachers and students, called upon to perform instrumental functions aimed at standardization and productivity. However, the discourses are not homogeneous: fissures and dissonant statements – which value criticism, question normalization, or acknowledge the complexity of teaching and disability – reveal internal contradictions that strain the dominant logic. These gaps, though often absorbed, indicate areas of dispute and the possibility of other rationales in the educational field. Thus, it can be concluded that inclusion operates as a technology of governmentality, but carries symptoms of its own contradictions, and that the teacher, although questioned as an enforcer of the norm, is also called upon to critique and ethical mediation, opening space for the reinscription of teaching beyond managerial logic.
dc.description.resumoA inclusão, concebida como promessa de justiça social, tem sido mobilizada por distintos discursos e práticas, articulando-se a regimes de saber-poder que delimitam, normatizam e produzem modos específicos de existência, demonstrando que os mecanismos que definem quem é “incluído” não se sustentam apenas em ideais éticos ou pedagógicos. Esta dissertação tem como objetivo analisar como, entre 1988 e 2022, os discursos normativos brasileiros configuraram o papel do professor no processo de inclusão da pessoa com deficiência, investigando as racionalidades subjacentes e os efeitos de verdade que os sustentam. As análises discursivas confirmaram que tais discursos não apenas refletem, mas também reproduzem relações de poder historicamente constituídas. Mesmo ancorados em uma retórica de emancipação e equidade, operam por lógicas de sujeição que consolidam a escola como dispositivo biopolítico, posicionando o professor como operador dessa engrenagem. Essa governamentalidade atravessa docentes e alunos, convocados a funções instrumentais voltadas à padronização e à produtividade. Entretanto, os discursos não são homogêneos: fissuras e enunciados dissonantes – que valorizam a crítica, questionam a normalização ou reconhecem a complexidade da docência e da deficiência – revelam contradições internas que tensionam a lógica dominante. Essas brechas, embora frequentemente absorvidas, indicam zonas de disputa e a possibilidade de outras racionalidades no campo educacional. Conclui-se, assim, que a inclusão opera como tecnologia de governamentalidade, mas carrega sintomas de suas próprias contradições, e que o professor, ainda que interpelado como executor da norma, é também convocado à crítica e à mediação ética, abrindo espaço para reinscrições da docência para além da lógica gerencial.
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
dc.formatText
dc.identifier.urihttps://dspace5.ufes.br/handle/10/20247
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal do Espírito Santo
dc.publisher.countryBR
dc.publisher.courseMestrado em Ciências Sociais
dc.publisher.departmentCentro de Ciências Humanas e Naturais
dc.publisher.initialsUFES
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Ciências Sociais
dc.rightsopen access
dc.subjectEducação especial
dc.subjectEducação inclusiva
dc.subjectDiscursos
dc.subject.cnpqSociologia
dc.titleO papel do professor na inclusão da pessoa com deficiência: uma análise crítica dos discursos normativo-educacionais no contexto brasileiro (1988–2022)
dc.typemasterThesis

Arquivos

Pacote original

Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
IsabelaRodriguesCosta-2025-Dissertacao.pdf
Tamanho:
1.39 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format

Licença do pacote

Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
license.txt
Tamanho:
1.71 KB
Formato:
Item-specific license agreed upon to submission
Descrição: