CONSUMO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS, EXCESSO DE PESO, EXPERIÊNCIAS ADVERSAS NA INFÂNCIA E BULLYING NA ADOLESCÊNCIA TARDIA

dc.contributor.advisor1Salaroli, Luciane Bresciani
dc.contributor.advisor1IDhttps://orcid.org/0000000218810306
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/3503255904138561
dc.contributor.authorGomes, Daiene Rosa
dc.contributor.authorIDhttps://orcid.org/0000-0002-1831-1259
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/3886271497910568
dc.contributor.referee1Molina, Maria Del Carmen Bisi
dc.contributor.referee1IDhttps://orcid.org/0000-0002-8614-988X
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.br/9238370951122705
dc.contributor.referee2Cunha, Marcela de Sa Barreto da
dc.contributor.referee2IDhttps://orcid.org/0000-0002-1388-033X
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/7886966445994193
dc.contributor.referee3Bezerra, Myrtis Katille de Assuncao
dc.contributor.referee3IDhttps://orcid.org/
dc.contributor.referee3Latteshttp://lattes.cnpq.br/5199583091585222
dc.contributor.referee4Miotto, Maria Helena Monteiro de Barros
dc.contributor.referee4IDhttps://orcid.org/0000-0002-3227-7608
dc.contributor.referee4Latteshttp://lattes.cnpq.br/4289442514763843
dc.date.accessioned2024-05-30T01:41:07Z
dc.date.available2024-05-30T01:41:07Z
dc.date.issued2022-12-09
dc.description.abstractabstract
dc.description.resumoIntrodução: O consumo alimentar na adolescência é marcado pelo aumento na ingestão de alimentos ultraprocessados e redução na ingestão de alimentos in natura ou minimamente processados. A vitimização por bullying tem contribuído para o maior consumo dos alimentos ultraprocessados, que pode levar ao ganho excessivo do peso corporal. Soma-se a esse fato, o papel preditor da exposição às adversidades na infância com o desenvolvimento do excesso de peso na adolescência. Objetivo: Estudar o consumo de alimentos in natura ou minimamente processados e alimentos ultraprocessados, o excesso de peso e suas associações com as experiências adversas na infância e o bullying na adolescência tardia. Metodologia: Estudo epidemiológico transversal analítico realizado com 2285 adolescentes na faixa etária entre 15 e 19 anos, pertencentes a Região Metropolitana da Grande Vitória - Espírito Santo, Brasil. A coleta de dados ocorreu de dezembro 2016 a abril 2017. O consumo dos alimentos in natura ou minimamente processados e alimentos ultraprocessados foi obtido a partir da aplicação do questionário que contém 15 subgrupos de alimentos frequentemente consumidos no Brasil. O estado nutricional foi avaliado por meio do Índice de Massa Corporal para Idade. O bullying foi quantificado por meio do Olweus Bully/Victim Questionnaire. Para avaliar a exposição às adversidades na infância, foi utilizada a versão portuguesa do Questionário da História de Adversidade na Infância. O teste qui-quadrado de Pearson foi utilizado para analisar as diferenças de proporções. O modelo de regressão logística binária foi utilizado para investigar a associação entre as variáveis independentes e os desfechos, sendo apresentado o odds ratio e seu respectivo intervalo de confiança de 95%, com nível de significância menor que 5%. Resultados: Os resultados estão apresentados em formato de artigos. No primeiro artigo, o maior consumo de alimentos in natura ou minimamente processados foi associado ao trabalho remunerado do adolescente (OR=1,27; IC95%:1,04-1,56), a alta renda familiar (OR=1,5; IC95%=1,10-2,17) e a prática de atividade física (OR=1,9; IC95%=1,45-2,63). A cor da pele parda/preta (OR=1,3; IC95%=1,02-1,61) e o hábito de comer enquanto navega na internet (OR=1,4; IC95%=1,02-1,88) aumentaram as chances de consumir os alimentos ultraprocessados. Estar matriculados em escolas particulares e no terceiro/quarto ano do ensino médio reduziram em 41,7% e 37,2%, respectivamente, o consumo dos alimentos ultraprocessados. No segundo artigo, identificou-se duas ações de maus tratos associadas ao maior consumo dos alimentos ultraprocessados (estragaram minhas coisas: OR=1,32; IC95%=1,07-1,64 e fizeram ou tentaram fazer com que os outros não gostassem de mim: OR=1,33; IC95%=1,07-1,66), em relação aos estudantes que não sofreram tal violência. Quanto a contribuição do bullying com a maior probabilidade do consumo de alimentos ultraprocessados foram encontrados quatro eventos da vitimização física (puxaram meu cabelo ou me arranharam: OR=2,16; IC95%=1,19-3,89; pegaram meu dinheiro ou minhas coisas sem a minha permissão: OR=1,51; IC95%=1,04-3,89; estragaram minhas coisas: OR=1,74; IC95%=1,22-2,49; fui forçado a agredir outro(a) colega: OR=2,47; IC95%=1,07-5,69); três eventos da vitimização verbal (fui xingado: OR=1,40; IC95%=1,10-1,78; fizeram zoações por causa do meu sotaque: OR=1,51; IC95%=1,03-2,23; colocaram apelidos vexatórios em mim: OR=1,55; IC95%=1,15- 2,10); e um evento de vitimização social (deram risadas e apontaram para mim: OR=1,44; IC95%=1,05-1,97), em comparação aos adolescentes que não sofreram bullying. Terceiro artigo: a prevalência do excesso de peso foi de 14,0%. O abuso sexual (OR=1,39; IC95%:1,01-1,92), a violência doméstica (OR=1,71; IC95%:1,07- 2,73), o divórcio ou separação parental (OR=1,31; IC95%:1,015-1,69), a negligência física (OR=1,90; IC95%:1,35-2,67) e a negligência emocional (OR=1,76; IC95%:1,28-2,42), assim como a exposição de 4 a 10 adversidades (OR=1,64; IC95%:1,05-2,56), contribuíram para o aumento da frequência do excesso de peso de adolescentes, comparado aos que não sofreram tais adversidades. Conclusão: Conclui-se que o maior poder aquisitivo e a prática de atividade física influenciam o maior consumo dos alimentos in natura ou minimamente processados. Por outro lado, se declarar da cor da pele parda/preta e a utilização da internet ao comer aumentam as chances para a maior ingestão dos alimentos ultraprocessados. Ao passo que ser oriundos de escolas particulares e estar matriculados no terceiro/quarto ano do ensino médio foram fatores de proteção para o consumo dos alimentos ultraprocessados. Além disso, os adolescentes que foram vítimas de maus-tratos e/ou bullying estão mais propensos a apresentarem o maior consumo dos alimentos ultraprocessados comparado aos que não sofreram essa violência. Ademais, os adolescentes que vivenciaram as adversidades na infância são mais prováveis de desenvolver excesso de peso comparado aos que não sofreram tais adversidades. Por fim, sugere-se que haja a promoção de ações de educação alimentar e nutricional no ambiente escolar e familiar, além de intensificar o desenvolvimento de estratégias anti-bullying nas escolas, incentivo ao consumo de alimentos saudáveis e incluir a prevenção das adversidades na infância como uma medida de saúde pública para prevenção e tratamento da obesidade na adolescência.
dc.description.sponsorshipFundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
dc.formatText
dc.identifier.urihttps://dspace5.ufes.br/handle/10/16554
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal do Espírito Santo
dc.publisher.countryBR
dc.publisher.courseDoutorado em Saúde Coletiva
dc.publisher.departmentCentro de Ciências da Saúde
dc.publisher.initialsUFES
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
dc.rightsopen access
dc.subjectPalavra-chave
dc.subject.br-rjbnsubject.br-rjbn
dc.subject.cnpqSaúde Coletiva
dc.titleCONSUMO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS, EXCESSO DE PESO, EXPERIÊNCIAS ADVERSAS NA INFÂNCIA E BULLYING NA ADOLESCÊNCIA TARDIA
dc.title.alternativetitle.alternative
dc.typedoctoralThesis

Arquivos

Pacote original

Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
EMBARGADO-RESTRITO.pdf
Tamanho:
268.92 KB
Formato:
Adobe Portable Document Format