Teoria e prática do elogio nas obras de Plínio, o jovem

dc.contributor.advisor1Leite, Leni Ribeiro
dc.contributor.advisor1IDhttps://orcid.org/0000-0001-6600-7692
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/1222376244857241
dc.contributor.authorGiesen, Katia Regina
dc.contributor.authorIDhttps://orcid.org/000000032708979X
dc.contributor.referee1Silva, Gilvan Ventura da
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.br/0104906936908227
dc.contributor.referee2Scatolin, Adriano
dc.contributor.referee3Miotti, Charlene Martins
dc.contributor.referee4Costrino, Artur
dc.contributor.referee5Carvalho, Raimundo Nonato Barbosa de
dc.contributor.referee5Latteshttp://lattes.cnpq.br/8131553979688267
dc.date.accessioned2024-05-30T00:52:59Z
dc.date.available2024-05-30T00:52:59Z
dc.date.issued2022-02-04
dc.description.abstractThis dissertation presents and discusses Pliny the Younger's conceptions about the constitution, style, and function of encomia as part of the epideictic genre of Rhetoric, based on a selection of epistles from the Letters of Pliny the Younger and on the text of the Panegyric to Trajan. Although there is evidence of a ascension of laudatory eloquence during the 1st and 2nd centuries AD, a process to which Pliny greatly contributed by adopting this type of speech as a legitimate form of expression and by using it frequently in his writings, there are no sources at the time discussing the subject as a treatise or at a rhetorical level. Therefore, this work aims to provide a potential theory of laudatory epideictic in Pliny, not written by him but inscribed in his oeuvre, by reading the author’s texts in light of ancient theories and practices of encomium, and by using the concepts of Discourse Analysis as stated by Dominique Maingueneau. As a result, this study proposes that, in terms of structures and themes, the encomiastic practice suggested by Pliny maintains a somewhat traditional pattern seen in the third genre of oratory, but undergoing specific adaptations to the circumstances of production and publication of each text. Nevertheless, the Letters and the Panegyric constantly employ an encomiastic vocabulary, albeit not necessarily technical, which points to an ongoing debate on the applicability of these praises, their functions, their purposes, and the conditions of the audience’s reception, by opening meta- and interdiscursive fissures. This study concludes that the collection of Pliny’s letters redefines a variety of encomia — belonging to oratory, epistolary and poetic practices — based on the circumstances of production and circulation of the letters, but it also presents a debate about legitimation via political, social, and literary relationships. That is, via praise of various characters, these epideictic exchanges allow Pliny to build a discursive authority that is paramount to the same laudatory practices and to the collective bonds in which it participates. The gratiarum actio, on other hand, is creative work that gives new meaning and function to this type of speech. In addition to being a public speech determined by institutional demand and fulfilled by the consul in the senate house, the speech is itself a kind of treatise on the ideal values of a good Roman imperial ruler; it is likewise a practical example of the type of oratory that can be used to address that same autocratic model. Hence, with abundant praise, full of amplification, claimed as sincere, and built on a series of comparisons, Pliny responds not only to the obligation imposed by the consulate but to the transition of dynasties and the need of legitimating the new ruler.
dc.description.resumoEsta tese apresenta e discute, a partir da análise de exemplares selecionados do conjunto das Cartas de Plínio, o Jovem, e do texto do Panegírico ao imperador Trajano, as concepções do autor acerca da constituição, estilo e função dos encômios, pertencentes ao gênero epidítico da Retórica. Embora haja provas da ascensão da eloquência elogiosa durante os séculos I e II d.C., processo para o qual Plínio contribuiu bastante ao assumir esse tipo de discurso como forma legítima de expressão e ao utilizá-lo frequentemente em seus escritos, não há, nesse mesmo contexto, fontes que discutam o assunto em nível tratadístico-retórico. Portanto, examinando os textos do autor pelo confronto com teorias e práticas do encômio antigas e a partir de conceitos da Análise do Discurso propostos por Dominique Maingueneau, este trabalho propõe uma espécie de teoria do epidítico laudatório não necessariamente escrita, mas inscrita na obra pliniana. Como resultado, o estudo identifica que, quanto às estruturas e temas, a prática encomiástica proposta por Plínio mantém certo padrão tradicional do terceiro gênero da oratória, com adaptações específicas às circunstâncias de produção e publicação de cada texto. Todavia, as Cartas e o Panegírico empregam de maneira constante um vocabulário encomiástico, ainda que não necessariamente técnico da preceituação retórica, que aponta, por meio da abertura de fissuras meta- e interdiscursivas, para um debate em curso naquele momento sobre a aplicabilidade desses louvores, suas funções, finalidades e condições de recepção pela audiência. O estudo conclui que, no epistolário, além da variedade e abundância de encômios — advindos de práticas oratórias, epistolares e poéticas —, que são ressignificados pelos contornos de produção e circulação das cartas, Plínio evidencia um debate em torno da legitimação por meio das relações político-sociais e literárias. Ao mesmo tempo que elogia uma diversidade de personagens, o missivista busca construir, por meio dessas trocas epidíticas, uma autoridade discursiva necessária para essa mesma prática laudatória e para os vínculos coletivos das quais ela participa. A gratiarum actio, por sua vez, é parte de um trabalho criador pliniano que a ressignifica. Para além de um discurso de demanda pública e institucional cumprida no senado, pelo cônsul, ela se configura como uma espécie de tratado sobre os valores ideais de um bom governante imperial romano ao mesmo tempo em que é um exemplo prático do tipo de oratória que pode ser usada para dirigir-se a esse mesmo modelo autocrático. Desse modo, Plínio responde, com um elogio abundante e repleto de ampliações, pleiteado como sincero e construído sobre uma série de comparações, não apenas à obrigação imposta pelo consulado, mas ao período de transição de dinastias e à necessidade de legitimação de um novo governo.
dc.description.sponsorshipFundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
dc.formatText
dc.identifier.urihttps://dspace5.ufes.br/handle/10/15760
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal do Espírito Santo
dc.publisher.countryBR
dc.publisher.courseDoutorado em Letras
dc.publisher.departmentCentro de Ciências Humanas e Naturais
dc.publisher.initialsUFES
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Letras
dc.rightsopen access
dc.subjectEpidítico – elogio
dc.subjectPlínio, o Jovem – Panegírico
dc.subject.br-rjbnsubject.br-rjbn
dc.subject.cnpqLetras
dc.titleTeoria e prática do elogio nas obras de Plínio, o jovem
dc.typedoctoralThesis

Arquivos

Pacote original

Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
GIESEN, Katia..pdf
Tamanho:
3.07 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format