Autoficção e justiça: da liberdade à responsabilidade do autor

dc.contributor.advisor1Trefzger, Fabíola Simão Padilha
dc.contributor.advisor1IDhttps://orcid.org/0000-0002-6361-7134
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/7299183790903513
dc.contributor.authorAmaral, Flora Viguini do
dc.contributor.authorIDhttps://orcid.org/0000-0002-2213-6588
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/5580083613537176
dc.contributor.referee1Delmaschio, Andréia Penha
dc.contributor.referee1IDhttps://orcid.org/0000-0002-6763-6412
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.br/5899447868618380
dc.contributor.referee2Maciel, Keila Mara de Souza Araújo
dc.contributor.referee2IDhttps://orcid.org/0000-0001-9653-4565
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/9480256079742777
dc.contributor.referee3Pizzol, Rafaela Scardino Lima
dc.contributor.referee3IDhttps://orcid.org/0000-0002-6025-1026
dc.contributor.referee3Latteshttp://lattes.cnpq.br/8597229308090828
dc.contributor.referee4Martinelli Filho, Nelson
dc.contributor.referee4IDhttps://orcid.org/0000-0002-6956-5400
dc.contributor.referee4Latteshttp://lattes.cnpq.br/9186790476855298
dc.date.accessioned2024-05-30T00:49:20Z
dc.date.available2024-05-30T00:49:20Z
dc.date.issued2020-02-20
dc.description.abstractThe autofiction has attracted the attention of a range of scholars since the term was coined in 1977 by french professor and writer Serge Doubrovsky. In the last decades, the main researches about the device include the study of themes such as gender, reception and aesthetic effects in works read as autofictions. However, the autofiction also raises ethical questions: in contemporary times, cases of people who resort to justice proliferate because they feel that their right to privacy has been violated in novels whose author reveals their own lives and those of others. In these quarrels and controversies involving autofiction works there are writers on the one hand who demand their right to expression and, on the other, people portrayed in these novels who do not want to have their intimacy exposed. Assuming the importance of a discussion around these ethical issues and considering that this theme is still incipiently discussed in brazilian academic production, this thesis intends to investigate how justice systematizes and evaluates the writer's attitude in these processes. For the development of this investigation, i will consider the following questions: is there censorship in recent literary production? Does writing about others, starting with the closest ones, about which great comments are made, require the writer's responsibility? How to narrate the other in works read from the perspective of autofiction? These questions will be related to french novels L‟Inceste (1999) and Les Petits (2011), by Christine Angot, Édouard Louis‘s Histoire de la violence (2016), and Serge Doubrovsky‘s Le Livre brisé (1989); as well as Ricardo Lísias‘ brazilian Divórcio (2013) and Bernardo Kucinski‘s Os Visitantes (2016), looking for a detailed analysis of how writers place themselves and others on the scene, adjusting the focus to purposes of these choices and their consequences both for the life of the author and for the lives of those involved. To this end, i will use a theoretical contribution regarding the topics discussed. In summary: a) to address the notions of author: Roland Barthes, Michel Foucault, Giorgio Agamben and Roger Chartier; b) Regarding the responsibility of the writer: Gisèle Sapiro and Agnès Tricoire; c) about literature as an institution and the freedom it provides for ―to say everything‖: Jacques Derrida; and d) regarding ethical action: Marilena Chaui.
dc.description.resumoA autoficção atrai a atenção de uma gama de estudiosos desde que o termo foi cunhado, em 1977, pelo professor e escritor francês Serge Doubrovsky. Nas últimas décadas, as principais pesquisas sobre o dispositivo contemplam o estudo de temas como gênero, recepção e efeitos estéticos em obras lidas como autoficções. Não obstante, a autoficção também suscita questões éticas: na contemporaneidade proliferam casos de pessoas que recorrem à justiça por sentirem que seu direito à privacidade foi violado em romances cujo autor desvela a própria vida e a de outros. Nessas querelas e polêmicas envolvendo obras autoficcionais há de um lado os escritores que exigem valer seu direito de expressão e, de outro, sujeitos retratados nesses romances que não querem ter a intimidade exposta. Assumindo a importância de uma discussão em torno dessas questões éticas e considerando que esse tema ainda é discutido de forma incipiente na produção acadêmica brasileira, esta tese pretende investigar como a justiça sistematiza e avalia a atitude do escritor nesses processos. Para o desenvolvimento dessa investigação, levarei em conta os seguintes questionamentos: há censura na produção literária recente? Escrever acerca dos outros, a começar dos mais próximos, sobre os quais são feitos comentários talhantes, exige responsabilidade do escritor? Como narrar o outro em obras lidas sob o prisma da autoficção? Essas questões serão relacionadas aos romances franceses L‟Inceste (1999) e Les Petits (2011), de Christine Angot, Histoire de la violence (2016), de Édouard Louis, e Le Livre brisé (1989), de Serge Doubrovsky; bem como às obras brasileiras Divórcio (2013), de Ricardo Lísias, e Os Visitantes (2016), de Bernardo Kucinski, na busca de uma análise pormenorizada acerca de como os escritores colocam a si mesmos e outros em cena, ajustando o foco para as finalidades dessas escolhas e suas consequências tanto para a vida do autor como para a vida dos implicados. Para tanto, lançarei mão de um aporte teórico atinente aos tópicos discutidos. Em síntese: a) para tratar das noções de autor: Roland Barthes, Michel Foucault, Giorgio Agamben e Roger Chartier; b) Em relação à responsabilidade do escritor: Gisèle Sapiro e Agnès Tricoire; c) a respeito da literatura como instituição e a liberdade que ela fornece de ―tudo dizer‖: Jacques Derrida; e d) no que tange à ação ética: Marilena Chaui.
dc.description.sponsorshipFundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
dc.formatText
dc.identifier.urihttps://dspace5.ufes.br/handle/10/14600
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal do Espírito Santo
dc.publisher.countryBR
dc.publisher.courseDoutorado em Letras
dc.publisher.departmentCentro de Ciências Humanas e Naturais
dc.publisher.initialsUFES
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Letras
dc.rightsopen access
dc.subjectAutoficção
dc.subjectJustiça
dc.subjectResponsabilidade
dc.subjectÉtica
dc.subjectLiberdade de criação literária
dc.subject.br-rjbnsubject.br-rjbn
dc.subject.cnpqLetras
dc.titleAutoficção e justiça: da liberdade à responsabilidade do autor
dc.typedoctoralThesis

Arquivos

Pacote original

Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
FloraViguinidoAmaral-2020-tese.pdf
Tamanho:
2.21 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format