Falta de acesso aos serviços de saúde por mulheres no contexto da pandemia de COVID-19: Interseccionando cor da pele, renda e escolaridade

dc.contributor.advisor1Esposti, Carolina Dutra Degli
dc.contributor.advisor1IDhttps://orcid.org/0000000181027771
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/7465412734380334
dc.contributor.authorOliveira, Jossiane Teixeira de
dc.contributor.authorIDhttps://orcid.org/0000000295661148
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/3146345209342790
dc.contributor.referee1Prado, Thiago Nascimento do
dc.contributor.referee1IDhttps://orcid.org/0000000181326288
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.br/6388559394015871
dc.contributor.referee2Pinheiro, Rejane Sobrino
dc.date.accessioned2024-05-29T20:55:32Z
dc.date.available2024-05-29T20:55:32Z
dc.date.issued2023-12-12
dc.description.abstractThere is an abundant literature showing the need to strengthen an accessible, equitable, comprehensive and problem-solving health service system. In Brazil, however, there are barriers to access to health services, especially for the black population, with lower income and less education. Objectives: The general objective of this dissertation was to analyze the lack of access to health services in the context of the COVID-19 pandemic by women, intersecting skin color, income, and education. Method: A population-based cross-sectional study was conducted with 1,107 women aged eighteen years or older living in the city of Vitória, Espírito Santo, Brazil. The interviews were conducted by trained interviewers, based on a questionnaire with multiple-choice questions using the Redcap application. The study has as a dependent variable the lack of access to medical consultation and as independent variables the skin color, income, referred to economic class, education, age, possession of health insurance and Jeopardy index understood in its literal translation as danger, as the analyses were based on multiple risk, that is, several factors of a person's identity that lead to oppression, such as skin color, income level, and education level, these can have a cumulative effect on the discrimination a person experiences. The prevalences and prevalence ratios of lack of access were calculated according to independent variables. Data analysis was performed using the Stata 13 software. Results: Out of a total of 1,107 women, 64.4% of them realized that they needed to be seen by a general practitioner. Of these, 91.9% sought care and 6.6% of them had no access to health services. The highest prevalence of lack of access occurred among adult women (9.8%; 6.7 – 14.3), non-white women (8.1%; 5.8 – 11.3), those with the lowest income level (10.6%; 6.7 – 16.2); Women without health insurance had 6 times more lack of access to medical consultations (6.6; 2.6 – 17.1). The lowest income quartile (lowest income) increased the risk of having lack of access to health services by 8 times, compared to the highest quartile (highest income). Women with primary education were 2.4 times more likely to have a lack of access compared to women with tertiary education or more. The analysis according to the Jeopardy index showed that the risk of lack of access to health services is increased when the sum of intersecting positions of oppressive social identities increases. Conclusions: It can be seen that the lack of access to health services is due to numerous factors: cultural, structural, economic and political. The adequacy of these factors to the population that most often seeks care without being able to achieve it is of paramount importance to achieve equitable health, as well as the representativeness of minority groups, in the body of professionals in health services, who must be trained, prepared, with fair salaries and with environments favorable to the work they develop to better serve this population, with a view to promoting greater accessibility to health from a holistic view.
dc.description.resumoHá farta literatura mostrando a necessidade de fortalecimento de um sistema de serviço de saúde acessível, equitativo, integral e resolutivo. No Brasil, contudo, existem barreiras ao acesso aos serviços de saúde, especialmente por parte da população negra, de menor renda e menor escolaridade. Objetivos: O objetivo geral desta dissertação foi analisar a falta de acesso aos serviços de saúde no contexto da pandemia de COVID-19 por mulheres, interseccionando cor da pele, renda e escolaridade. Método: Estudo transversal de base populacional, a partir da realização de entrevistas em domicílio com 1.107 mulheres com dezoito anos ou mais de idade residentes no município de Vitória, Espírito Santo. As entrevistas foram realizadas utilizando-se o aplicativo Redcap contendo um questionário com questões de múltipla escolha. O estudo teve como variável dependente a falta de acesso à consulta médica e como varáveis independentes cor da pele, renda, escolaridade, idade, posse de plano de saúde e Jeopardy index. Foram calculadas as prevalências e a razão de prevalência da falta de acesso segundo variáveis independentes e seus respectivos intervalos de confiança. Nas análises bivariadas, foi realizado o teste do qui-quadrado. As análises ajustadas foram realizadas utilizando-se regressão de Poisson com variância robusta. Para todos os testes de hipóteses foi adotado um nível de significância de 5%. Resultados: De um total de 1.107 mulheres, 64,4% delas perceberam que precisavam ser atendidas por um médico generalista. Dessas 91,9% procuraram pelo atendimento e 6,6% delas apresentaram falta de acesso aos serviços de saúde. A maior prevalência de falta de acesso ocorreu entre mulheres adultas (9,8%; IC 6,7-14,3), não brancas (RP 8,1%; IC95% 5,8-11,3), de nível mais baixo de renda (RP 10,6%; IC 6,7-16,2), sem plano de saúde (RP 6,6; IC95% 2,6-17,1). A análise segundo o Jeopardy index mostrou que mulheres não brancas, com pior renda e pior escolaridade apresentaram prevalência 11 vezes maior para a falta de acesso quando comparadas às mais privilegiadas. A análise estratificada mostrou que no grupo de mulheres não brancas aquelas de menor renda e apresentaram maior prevalência de falta de acesso (12,5; IC95% 7,8 – 19,5). Conclusões: Os achados do estudo mostram que quanto mais categorias de opressão se interseccionam, maior a falta de acesso aos serviços de saúde por mulheres. Isso demonstra a necessidade de investimento em políticas mais equitativas, para a garantia do acesso aos serviços de saúde.
dc.formatText
dc.identifier.urihttps://dspace5.ufes.br/handle/10/12614
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal do Espírito Santo
dc.publisher.countryBR
dc.publisher.courseMestrado em Saúde Coletiva
dc.publisher.departmentCentro de Ciências da Saúde
dc.publisher.initialsUFES
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
dc.rightsopen access
dc.subjectAcesso aos serviços de saúde
dc.subjectDisparidades em assistência à saúde
dc.subjectInterseccionalidade
dc.subjectMulheres
dc.subjectRacismo
dc.subjectSaúde Pública
dc.subject.cnpqSaúde Coletiva
dc.titleFalta de acesso aos serviços de saúde por mulheres no contexto da pandemia de COVID-19: Interseccionando cor da pele, renda e escolaridade
dc.typemasterThesis

Arquivos

Pacote original

Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
EMBARGADO-RESTRITO.pdf
Tamanho:
268.92 KB
Formato:
Adobe Portable Document Format