A gênese neoliberal da Ifac: profissionalização, legitimidade e memória institucional

dc.contributor.advisor-co1Vasconcelos, Angélica
dc.contributor.advisor-co1IDhttps://orcid.org/0000-0003-3910-9655
dc.contributor.advisor-co1Latteshttp://lattes.cnpq.br/1074539828825141
dc.contributor.advisor1Zuccolotto, Robson
dc.contributor.advisor1IDhttps://orcid.org/0000-0002-2629-5586
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/5840211354831676
dc.contributor.authorRigoni, Bríscia Oliveira Prates
dc.contributor.authorIDhttps://orcid.org/0000-0003-0986-078X
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/2415440488689175
dc.contributor.referee1Moreira, Rafael de Lacerda
dc.contributor.referee1IDhttps://orcid.org/0009-0006-3239-0690
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.br/4935080818009353
dc.contributor.referee2Souza, Eloísio Moulin de
dc.contributor.referee2IDhttps://orcid.org/0000-0002-0775-7757
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/1916608677096976
dc.contributor.referee3Andrade, Daniel Pereira
dc.contributor.referee3IDhttps://orcid.org/0000-0002-5668-0813
dc.contributor.referee3Latteshttp://lattes.cnpq.br/6190661315295358
dc.contributor.referee4Silva, Gustavo Melo
dc.contributor.referee4IDhttps://orcid.org/0000-0002-9792-7288
dc.contributor.referee4Lattes
dc.date.accessioned2025-10-16T22:35:36Z
dc.date.available2025-10-16T22:35:36Z
dc.date.issued2025-09-29
dc.description.abstractThis study originated from concern about how historical processes, actor networks, and discourses mobilised in the years before 1977 contributed to the creation of the International Federation of Accountants (IFAC) as an expression of a new neoliberal rationality in the international accounting field. To address this question, the research aimed to identify how the origins of IFAC's formation are linked to the spread of neoliberalism within accounting institutions. The theoretical framework was based on discussions of neoliberalism and its origins, from the perspectives of Peck (2010) and Slobodian (2021); theories of professionalisation as strategic projects of collective mobilisation, as proposed by Larson (1977), Macdonald (1984, 1995), and Walker (1991, 1995, 2004); and on how history is produced and institutional memory constructed through the exercise of power that silences conflicts, based on Trouillot’s (1995) perspective. The methodological approach was grounded in the epistemology of the Nouvelle Histoire (Bloch, 2002; Burke, 2012), aiming to construct a counter-narrative about IFAC’s genesis. For this purpose, it drew on concepts from microhistory to analyse the connections among individuals in that context, the power relations at play, and how all these elements were concretely articulated, seeking to reveal the tensions and contradictions of the global accounting governance process, often hidden by a neutral and technicist narrative. The results revealed the conflicts of interest surrounding the formation of this organisation, as well as the presence of private interests, mainly those of the large auditing firms, which captured the normative space of accounting to produce a consensus that served their own agendas. Thus, it was possible to demonstrate how the creation of IFAC was a product of neoliberal rationality, which, through this institution, sought to align accounting standards with international market interests. It also became evident how this rationality was reproduced uncritically by a historical narrative that silenced asymmetries and power struggles, presenting the process as apolitical, neutral, and technical, even portraying these as intrinsic characteristics of accounting itself. In this way, historical critique proved capable of exposing what appears natural and universal, revealing how certain institutions become centres of power through the silencing of alternatives and the power relations that structure contemporary society
dc.description.resumoEste trabalho partiu da inquietação de como os processos históricos, as redes de atores e os discursos mobilizados nos anos que antecederam 1977 contribuíram para a criação da International Federation of Accountants (IFAC) como expressão de uma nova racionalidade neoliberal no campo contábil internacional. Na tentativa de responder a esse questionamento, objetivou identificar como as origens da formação da IFAC estão associadas à disseminação do neoliberalismo nas instituições contábeis. O debate foi ancorado na discussão teórica sobre: o neoliberalismo e suas origens, a partir da ótica de Peck (2010) e Slobodian (2021); as teorias da profissionalização, interpretadas como projetos estratégicos de mobilização coletiva, conforme Larson (1977), Macdonald (1984, 1995), Walker (1991, 1995, 2004); e sobre como a história é produzida e a memória institucional construída a partir do exercício de poder que silencia os conflitos, à luz da discussão de Trouillot (1995). A abordagem metodológica utilizada ancorou-se na epistemologia da Nouvelle Histoire (Bloch, 2002; Burke, 2012), com o objetivo de produzir uma contranarrativa sobre a gênese da IFAC. Para tanto, valeu-se dos conceitos da micro-história para analisar as conexões existentes entre os indivíduos daquele ambiente, as relações de poder presentes e como todos esses elementos se articularam concretamente, buscando revelar as tensões e contradições do processo de governança contábil global, frequentemente ocultadas por uma narrativa neutra e tecnicista. Os resultados revelaram os conflitos de interesse que permearam a formação dessa organização, bem como a presença de interesses privados, principalmente das grandes firmas de auditoria, que capturaram o espaço normativo da contabilidade para produzir um consenso favorável a seus próprios objetivos. Desse modo, foi possível demonstrar como a criação da IFAC foi produto da racionalidade neoliberal, a qual, por meio dessa instituição, buscou converter as normativas da contabilidade aos interesses do mercado internacional. Também se evidenciou como essa racionalidade foi reproduzida de forma acrítica por uma narrativa histórica que silenciou assimetrias e jogos de interesses, disseminando o processo como apolítico, neutro e técnico, inclusive atribuindo essas características à própria contabilidade. Assim, demonstrou-se como a crítica histórica pode desmascarar o que parece natural e universal, revelando como certas instituições se tornam centros de poder por meio do silenciamento de alternativas e das relações assimétricas que organizam a sociedade na atualidade
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
dc.formatText
dc.identifier.urihttps://dspace5.ufes.br/handle/10/20507
dc.languagepor
dc.language.isopt
dc.publisherUniversidade Federal do Espírito Santo
dc.publisher.countryBR
dc.publisher.courseDoutorado em Ciências Contábeis
dc.publisher.departmentCentro de Ciências Jurídicas e Econômicas
dc.publisher.initialsUFES
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Ciências Contábeis
dc.rightsopen access
dc.subjectInternational Federation of Accountants (IFAC)
dc.subjectNeoliberalismo
dc.subjectProfissionalização
dc.subjectSilenciamento e poder
dc.subjectNarrativa historiográfica crítica
dc.subjectNeoliberalism
dc.subjectProfessionalisation
dc.subjectSilencing and power
dc.subjectCritical historiographical narrative
dc.subject.cnpqCiências Contábeis
dc.titleA gênese neoliberal da Ifac: profissionalização, legitimidade e memória institucional
dc.typedoctoralThesis

Arquivos

Pacote original

Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
BrisciaOliveiraPratesRigoni-2025-tese.pdf
Tamanho:
1.71 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format

Licença do pacote

Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
license.txt
Tamanho:
1.71 KB
Formato:
Item-specific license agreed upon to submission
Descrição: