Mortalidade diferencial por causas externas segundo raça/cor nas microrregiões do Espírito Santo
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Resumo
Trata-se a presente pesquisa de um estudo do tipo empírico, de caráter exploratório, que teve por objetivação principal identificar diferenciais socioterritoriais na mortalidade, segundo causas externas, por faixa etária e raça/cor, no contexto das microrregiões de planejamento do estado do Espírito Santo, entre os anos de 2000 e 2010. Tal proposição desdobrou-se nos seguintes objetivos específicos: a) examinar níveis de mortalidade entre 10 e 49 anos, por raça/cor nas microrregiões de planejamento do Espírito Santo; b)averiguar a existência de padrões espaciais e se existe correlação da mesma com contextos socioeconômicos e/ou sociorraciais; c) discutir acerca dos perfis de mortalidade evidenciado pelas microrregiões do Espírito Santo no que se refere às variáveis raça/cor. Teve-se entre as principais hipóteses, que as mortes por causas externas, devido à relação direta com contextos sociais, incidiriam com maior ênfase entre pretos e pardos já a partir dos 10 anos, enquanto brancos enfrentariam as maiores probabilidades de óbitos após os 50 anos. As informações sobre óbitos foram acessadas no sítio virtual do SIM/DATASUS, a partir Classificação Internacional de Doenças – CID 10, e foram analisadas tendo como base de escala para as análises espaciais as microrregiões de planejamento do Espírito Santo. Os dados indicaram significância estatística para interações entre as variáveis ‗Microrregião X Raça/cor‘ e ‗Idade X Raça/cor‘, sendo possível afirmar que a, correlação entre a variabilidade espacial e etária, assumem no contexto analisado, importante papel no risco de morte dos grupos étnico-raciais. Identificou-se também que, na medida em que se aumenta a escala de análise, há uma tendência do processo de enegrecimento do maior risco de óbito, que em nível estadual, apresenta-se entre pardos, e se intensifica entre pretos nas microrregiões, com destaque para os indicadores sociais mais vulneráveis. Entre as conclusões, aponta-se que as desigualdades sociorraciais, verificadas em outras esferas (educação, cultura, mercado de trabalho, por exemplo) também puderam ser visualizadas nas tendências, com forte orientação espacial.
